domingo, 4 de julho de 2010

Edward, corta o meu cabelo?


Eu adoro Edward mãos de tesoura, o filme e o personagem.
A forma curiosa como “conheci” ambos foi inesquecível.
Em um belo dia de 1990 eu estava brincando no play do prédio e uma amiga estava chegando do cinema.
Essa menina, 2 anos mais velha que eu, era uma espécie de ícone para mim.
Ela sempre ia ao cinema, lia muitos livros, tinha os jogos de tabuleiro mais bacanas e sabia de tudo, era muito inteligente e informada.
Eu tinha um estilo de vida mais simples, quando criança fui poucas vezes ao cinema, e recorria a essa amiga sempre que queria ler ou saber sobre algo .
Foi ela quem me apresentou a história de Edward.
Recém chegada do cinema narrou de maneira encantadora o filme inteiro, inclusive uma das últimas cenas, que acho linda de viver, da Winona Ryder dançando em meio aos flocos de gelo.
Eu imaginei cada personagem, cada cena, de uma maneira muito particular e mágica.
Por esse motivo Edward é um filme muito especial para mim, porque eu vivi cada momento da história, através das palavras de minha amiga.
E aquele momento de fantasia e imaginação é uma das melhores lembranças da minha infância.
Sem falar que o filme é muito original e inovador.
Os figurinos são incríveis, a estética é autêntica e autoral.
O bairro onde se passa a história é todo colorido e planejado, assim como seus moradores, sempre preocupados com a imagem externa.
A figura lúgubre de Edward contrasta com as coloridas produções das vizinhas, curiosas e fascinadas pelo misterioso morador da mansão soturna e desprezada do final da rua.
Pode-se dizer que o Mãos de Tesoura é o precursor dos emos.
Seu estilo, linguagem corporal e sensibilidade exalam sofrimento.
E nada melhor para se expressar do que usar com habilidade aquilo que lhe é peculiar, suas afiadas lâminas.
Em um primeiro momento ele transforma os jardins do bairro em monumentos e depois causa furor com seus ousados cortes de cabelo.
As mulheres do bairro fazem fila para ter seu visual totalmente transformado pelo hair designer.
Ruivas, morenas, loiras, caretas e atrevidas ficam lindamente modernas e cheias de personalidade.
Ao final do filme meu primeiro pensamento sempre é:
Preciso cortar o cabelo.
Mas tem que ser com o Edward...










2 comentários:

fernanda disse...

Também amo esse filme!... E pelos seus motivos! Edward, corta meus cabelos também?! rs

Tatiana disse...

Edward é mesmo maravilhoso, mágico, encantador... Felizmente pôde povoar de magia nossa infância e nos apresentar uma mundo mais colorido apesar da estranheza.
Quero sempre cortar meu cabelo com Edward.
Bjs