terça-feira, 28 de setembro de 2010

Difícil é dizer adeus.

No início é só dor.
O choque, um golpe, a desnaturalidade da morte.
É fácil dizer que morrer é a única certeza que temos na vida.
Mas quando perdemos alguém e temos que encarar este fato só resta o silêncio.
As mãos trêmulas, a falta de ar, a dor no peito.
Não fica apenas um vazio, fica tudo de ponta-cabeça, sem sentido, sem rumo.
Muita tristeza...
Que o tempo passe logo para que fique apenas a saudade e as boas lembranças.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

De que você precisa para ser feliz?



"I have lived through much, and now I think I have found what is needed for happiness. A quiet secluded life in the country, with the possibility of being useful to people to whom it is easy to do good, and who are not accustomed to have it done to them. And work which one hopes may be of some use. Then rest, nature, books, music, love for one's neighbor. Such is my idea of happiness. And then, on top of all that, you for a mate, and children perhaps. What more can the heart of a man desire?"   (Tolstói)

Into the wild é um filme capaz de transformar pessoas.
A fotografia, roteiro, atuação, trilha sonora (perfeita!), direção (genial!), absolutamente TUDO é impecável.
Aliás, cada uma dessas categorias merece um post único.
Baseado no livro homônimo de Jon Krakauer ele conta a história verídica de Christopher McCandless.
Conta a história não...ele recria primorosa e poéticamente a saga do jovem que abriu mão de uma vida confortável (e previsível) para buscar na natureza, durante sua viagem rumo ao Alaska, o verdadeiro sentido da vida.
Desse modo, descrever o filme o transformaria em um clichê, o que definitivamente não o é.
Então atenho-me a dizer que essa obra de arte, repleta de paisagens estonteantes embaladas por músicas incríveis, envolveu-me de tal maneira que deixou de ser um filme e tornou-se um sentimento.
Ontem vivi uma situação que retrata bem isso.
Passei por maus bocados no trabalho e estava arrasada.
Logo depois encontrei uma amiga e conversamos a noite toda.
Comemos, bebemos, nos divertimos e no final da noite as experiências ruins tinham ficado tão pequenas que nem parecia que eu tinha passado por aquilo.
Penso que a felicidade é isso, ter amizades verdadeiras e poder contar com o amor destas pessoas nos momentos difíceis.
Curiosamente essa mesma amiga tem um momento muito especial de sua vida relacionado ao filme.
O então namorado dela usou uma frase de Supertramp para pedi-la em casamento.
"Happiness only real when shared."
Fico comovida quando imagino essa cena, digna da sensibilidade e história dos dois.
Sem dúvida uma das mais românticas declarações de amor =)
Esse post é dedicado a vocês, meus queridos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Balões e delicadeza.



Muito mais que uma animação, Up é uma história comovente.
Que me levou às lágrimas e às gargalhadas com seu roteiro terno e divertido.
A sensibilidade e delicadeza com que a realidade da velhice foi tratada chegam a ser poética.
Meu coração se encheu de saudade dos meus avós, que moram no Rio, e fui tomada por uma emoção que transformou minha percepção sobre seus sentimentos e sua história.
Pude compreendê-los.
Eles são casados há 62 anos e moram na mesma casa há mais de 50.
Porém essa casa fica em um bairro isolado, e a filha que mora mais perto demora uns 20 minutos de carro para chegar lá.
Após alguns problemas de saúde de meu avô e do aumento da violência no bairro a família começou a procurar soluções para que ele e vovó pudessem ficar mais perto e assim ter mais assistência e segurança.
No entanto os dois não querem se mudar.
Foi ali que criaram os filhos e netos, ali está um pedacinho de cada um de nós.
A melhor sensação do mundo é chegar lá e encontrar tudo do jeitinho que sempre foi.
É como um portal para a minha infância e todos os momentos inesquecíveis que vivi ali.
A casa é toda branca com as janelas e portas azuis e fica de frente para uma rua longa.
Lá de longe dá para enxergá-la, como um castelo mágico de um conto de fadas.
É uma casa simples, mas cuidada com muito amor.
Cheia de paninhos de crochê e colchas de fuxico feitos pela minha avó, que também cultiva uma horta, plantas, flores e alimenta as rolinhas com canjiquinha todos os dias.
E de engenhocas fabricadas com muito durepox e cabo de vassoura pelo meu avô.
Cada parede tem uma história de um neto ou filho que cresceu correndo e brincando por ali. E isso faz com que eles se sintam próximos de nós.
É indescritível a admiração e amor que tenho por meus avós.
São, além de um casal lindo, exemplo de luta, dedicação, amor, respeito e união.
Hoje entendo que mais do que um lar aquela casa é verdadeiramente a vida deles.
Pensar em seu bem estar é não questionar sua decisão de continuar a viver lá.
Quem dera eu pudesse pendurá-la nos balões do Sr. Fredricksen e trazê-los para bem pertinho de mim!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não consigo parar de escutar!!!!!

"... And I wonder/
 If everything could ever feel this real forever/
 If anything could ever be this good again/
 The only thing I'll ever ask of you/
 You've gotta promise not to stop when I say when/
 She sang.."
 
 
Dave Grohl conta, com muito senso de humor, como Bob Dylan o fez perceber que essa música é especial e a dedica a ele.
So cute!!!!!!!!!
Faz parte do meu momento nostalgia :)



terça-feira, 13 de julho de 2010

Smells Like Teen Spirit


 Hoje é um daqueles dias saudosistas, em que boas lembranças causam até uma certa dor.
Dor boa de saudade.
Saudade da passionalidade de ser adolescente, dos sonhos, do entusiasmo, da melancolia dos conflitos, da falta de habilidade para lidar com tantas emoções novas.
Tinha na janela de meu quarto um adesivo com uma bruxinha escrito: 13 de julho, dia internacional do rock.
Achava que esse era o dia mais importante do ano e desejava muito ter nascido nesta data. (rsss)
Uma recordação forte dessa época é o filme Empire Records. Perdi as contas de quantas vezes o assisti.
Meu sonho era trabalhar naquela loja de discos cheia de gente bacana com uma rotina divertida.
Tenho a trilha sonora do filme e confesso que nem é lá assim tão boa, mas que me transporta para aquela época de tal maneira que virou um dos meus discos-xodós.
Outro filme que me marcou muito foi Singles, esse sim com uma trilha sonora de babar.
Alice in Chains, Pearl Jam, Soundgarden, Mudhoney, Jimi Hendrix, Screaming Trees e Smashing Pumpikins.
Não fosse pela ausência do Nirvana, a que eu mais amava, eu poderia dizer que ali todas as minhas bandas prediletas estavam reunidas.
É engraçado como quando somos jovens coisas simples têm um valor inestimável.
Na busca de uma identidade elegíamos nossos filmes, atores, músicos e ícones inspiradores. E bastava estar em contato com um deles para alcançar a felicidade.
Comprar uma revista de rock, abrir o cd novo e examinar minuciosamente o encarte, encontrar o namorado as escondidas, extravasar a agressividade “moshando” em um show (ou até mesmo dentro do quarto com o som no talo).
Vivia tudo de uma maneira tão visceral, impulsiva, genuína.
Achava que sabia tudo e era muito esperta.
Sinto falta da pureza da rebeldia desta época, de acreditar que podia abraçar o mundo com as mãos.
A ingenuidade da convicção de que nada era impossível.




segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vejo flores em você.



O inverno em BH nos reservou uma bela surpresa.
Os ipês roxos que colorem a cidade e inspiram ares de primavera.
Em contraste com os prédios do centro da cidade ou emoldurados pelo céu azul, eles criam paisagens vibrantes e belas.
Ofuscam o costumeiro cinza do inverno contagiando a cidade com seu alto astral e alegria.
Deixam os meus dias mais felizes!




E para combinar com a primavera antecipada, alguns looks e acessórios florais.
Imagens: Cupcakesandcashmere, Tá usando e It girls



vista da minha janela

domingo, 4 de julho de 2010

Edward, corta o meu cabelo?


Eu adoro Edward mãos de tesoura, o filme e o personagem.
A forma curiosa como “conheci” ambos foi inesquecível.
Em um belo dia de 1990 eu estava brincando no play do prédio e uma amiga estava chegando do cinema.
Essa menina, 2 anos mais velha que eu, era uma espécie de ícone para mim.
Ela sempre ia ao cinema, lia muitos livros, tinha os jogos de tabuleiro mais bacanas e sabia de tudo, era muito inteligente e informada.
Eu tinha um estilo de vida mais simples, quando criança fui poucas vezes ao cinema, e recorria a essa amiga sempre que queria ler ou saber sobre algo .
Foi ela quem me apresentou a história de Edward.
Recém chegada do cinema narrou de maneira encantadora o filme inteiro, inclusive uma das últimas cenas, que acho linda de viver, da Winona Ryder dançando em meio aos flocos de gelo.
Eu imaginei cada personagem, cada cena, de uma maneira muito particular e mágica.
Por esse motivo Edward é um filme muito especial para mim, porque eu vivi cada momento da história, através das palavras de minha amiga.
E aquele momento de fantasia e imaginação é uma das melhores lembranças da minha infância.
Sem falar que o filme é muito original e inovador.
Os figurinos são incríveis, a estética é autêntica e autoral.
O bairro onde se passa a história é todo colorido e planejado, assim como seus moradores, sempre preocupados com a imagem externa.
A figura lúgubre de Edward contrasta com as coloridas produções das vizinhas, curiosas e fascinadas pelo misterioso morador da mansão soturna e desprezada do final da rua.
Pode-se dizer que o Mãos de Tesoura é o precursor dos emos.
Seu estilo, linguagem corporal e sensibilidade exalam sofrimento.
E nada melhor para se expressar do que usar com habilidade aquilo que lhe é peculiar, suas afiadas lâminas.
Em um primeiro momento ele transforma os jardins do bairro em monumentos e depois causa furor com seus ousados cortes de cabelo.
As mulheres do bairro fazem fila para ter seu visual totalmente transformado pelo hair designer.
Ruivas, morenas, loiras, caretas e atrevidas ficam lindamente modernas e cheias de personalidade.
Ao final do filme meu primeiro pensamento sempre é:
Preciso cortar o cabelo.
Mas tem que ser com o Edward...










sexta-feira, 25 de junho de 2010

Brasil, meu Brasil brasileiro.

Jefferson Kulig: Garota Nacional.





Copa do mundo e todo aquele nacionalismo no ar...
Todos torcendo pelo mesmo time, superando as rivalidades e celebrando a união.
E a mulherada de-ses-pe-ra-da ao enfrentar o maior dilema da temporada...
Produções em verde e amarelo!
Para facilitar e inspirar os looks patrióticos selecionei algumas boas idéias desfiladas no último Fashion Rio (Primavera/Verão 2010/2011).
A dica é não apelar exatamente para o verde bandeira e amarelo ouro, mas usar variações de verde limão, azulão e amarelos mais fechados.
Conjugar as cores com acessórios em tons neutros também é uma otima opção para sair do lugar-comum: Cintos (cintura marcada continuará em alta) , colares e sapatos pesados.
Entretanto, as mais empolgadas podem contar com estampas de bandeira dos pés à cabeça e quem sabe encarar um visual red carpet declarando todo o seu amor pelo Brasil...

Ao lado Olivia Palermo moderniza a estampa (linda!) com cinto e sandália meia pata.






Amapô e Andrea Marques: Elegância com destaque para os acessórios.



Lucas Nascimento e M.B. Extra: Glamour e fluidez nas nuances douradas



Patachou e Printing: Cintura marcada com estilo.



Cantão, Oestúdio e Maria Bonita Extra: Casual Chic.



Redley: Limão+azul em harmonia



Na passarela o tênis da Neon dá um up na produção.
Já os tênis da Havainas têm preço na medida para usar somente na Copa (please! rsss)






quarta-feira, 23 de junho de 2010

Adiós, Betty…

Sentirei sua falta!

A série produzida pela ABC foi cancelada em abril e teve hoje seu último episódio transmitido no Brasil, pelo canal Sony.
O figurino riquíssimo, assinado por Patrícia Field, impressiona por reproduzir fielmente a personalidade das personagens, superando nesse quesito outras séries com aclamados acervos de moda. (
Inclui-se nesta comparação Sex in the City e Gossip Girls).
Com seus personagens cativantes, atuações convincentes e muito senso de humor a série foi ganhando cada vez mais espaço nas minhas noites de quarta-feira.
Fiquei fã de Betty Suarez, retrato fashion do sonho latino de construir uma vida digna nos EUA.
A protagonista vivia um turbilhão de sentimentos antagônicos ao confrontar seu caráter ingênuo e bondoso com a necessidade de ascensão profissional no ambiente hostil da revista MODE. Obstinada, seguia adiante, firmemente, e aos poucos aquele mundo que antes a ameaçava passou a fazer parte dela.
Fez amigos, adquiriu autoconfiança, descobriu talentos que não acreditava ter, desenvolveu malícia.
Sem perder sua essência amadureceu e construiu sua felicidade no mundo da moda, que não era indubitavelmente constituído apenas de futilidades.
Aliás, esse passou a ser também o mundo de Betty, que, mesmo sem aparelho nos dentes e franjão, continuou sendo a doce heroína que conquistou todos nós.



Wilhelmina: poderosa, segura e manipuladora.


Marc e Amanda: Dupla materialista, ousada e fashion.


Claire: a elegante matriarca do grupo Meade.


Justin: O adolescente que assume sua homossexualidade.


A repaginada Betty.